quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Uber está de olho no setor de transporte de cargas



A Uber pretende ampliar seu leque de atuação e já mira o mercado de transporte de cargas pesadas nos Estados Unidos. Recentemente ela comprou uma jovem empresa de tecnologia de caminhões autônomos chamada Otto por um valor de 680 milhões.

A Otto hoje tem 6 caminhões autônomos e pretende ampliar sua frota para 15 veículos, a partir do próximo ano a empresa já prevê a circulação de caminhões com a tecnologia da Otto fazendo transporte de carga entre armazéns e lojas.

Segundo analistas do setor o objetivo da Uber nesta parceria com a Otto não é apenas equipar caminhões com tecnologia de direção sem motorista, ela planeja competir com os agentes que fazem a intermediação entre frotas de caminhões e donos de cargas.

As tecnologias que deverão sofrer maior atenção da Uber será navegação, mapeamento e rastreamento de veículos. O setor de desenvolvimento de caminhões autônomos vai prosseguir, mas não deve ter grandes investimentos já que esta tecnologia ainda está pouco desenvolvida e longe de se tornar realidade.

A Uber está em busca de uma fatia do setor de transporte de cargas que movimenta aproximadamente 700 bilhões de dólares por ano nos EUA. Mas não vai ser fácil para ela pegar uma fatia deste mercado porque este setor é bem fragmentado e de difícil penetração. 

Brasil

No Brasil, a Uber vem tentando ganhar espaço no setor de transporte de cargas através da empresa CargoX que é uma transportadora que não tem veículos próprios, é totalmente baseada em tecnologia e conecta transportadores com motoristas em todas as regiões do Brasil. A CargoX já conta com mais de 100.000 veículos cadastrados e pode oferecer até 30% de economia no valor do frete segundo informações do site da empresa.



Ainda não se tem divulgado dados da evolução da cargoX no Brasil, mas sabe-se que a empresa tem como investidores um cofundador da Uber e passou recentemente por uma segunda rodada de capitalização liderada pelo banco norte-americano Goldman Sachs.

Apesar do apoio da marca, e do poder econômico da Uber, especialistas da indústria se mostram céticos sobre as chances de uma empresa iniciante do Vale do Silício com pouca experiência em transporte rodoviário de cargas poder abalar o setor. Este setor é feito de relacionamentos e nem sempre a tecnologia consegue substituir a confiança criada por estes relacionamentos ao longo dos anos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário: